sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Quantas Flores!


Vejam... Quanta variedade de flores! Cada uma com sua beleza, com seu mistério, como se fossem criadas para momentos distintos, como se cada uma tivesse uma missão, num determinado instante, trazendo cor, perfume e refrigério a almas sensíveis, que buscam momentos de prazer nas criações divinas que estão por toda parte. Admiraria-me se alguém, por um momento que fosse, desejasse que todas as flores fossem iguais... Como assim? Se o "ser diferente" faz delas especiais, únicas, perfeitas. Se olharmos bem veremos cada detalhe pensado e calculado, que nosso Deus realizou e ainda recheou-as do mais puro mel... Seguindo o pensamento ainda dá tempo lembrar as abelhas... Trabalhadoras incansáveis, na coleta do elixir doce, balsâmico e embriagante... Ah! A perfeição das coisas de Deus, os detalhes menores, os mais microscópicos vermes e larvas têm sua missão, num girar de mundo que nem percebemos, pois estamos muito ocupados com coisas que criamos e que nos afastam das mais simples e delicadas sensações de estar tão perto de Deus!

Sabiá da Mata...


Este é o Sabiá da Mata, não conheço muito sobre pássaros, mas minha avó disse que é um sabiá da mata. Na varanda da casa dela tem um pássaro igual a esse. Fiquei triste quando o vi engaiolado, disse a minha avó que ninguém tem o direito de tirar a liberdade de nenhum ser, principalmente quando é para o seu próprio deleite, disse que isso é egoísmo, engaiolá-lo para que ele cante para uma só pessoa, para uns poucos vizinhos ouvirem, quando ele poderia cantar aos quatro ventos, aliviando as dores do mundo com uma melodia tenra e doce, inocente como o sorriso de uma criança de colo. Minha mãe me fez ver que fui cruel com minha avó, uma velhinha viúva, que passa suas horas do dia limpando a gaiola, sentada em sua cadeira de balanço e ouvindo o sabiá cantar... Não posso endender o que senti, de um lado o amor pela minha avó, do outro a sede de justiça por um inocente sem liberdade... Mundo estranho, situações avessas, minh'alma não sabe o que é certo, mas de uma coisa eu sei, quando canto para o pássaro ele presta atenção à minha voz e quando eu fico em silêncio ele canta, como se me chamasse a cantar de novo... mundo lindo, perfeição, um encontro e seres divinos, de criações do Todo Poderoso, num momento terreno, de aprendizado, de conflitos e dúvidas.